quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Polícia realiza ação de combate à exploração sexual em clínica de massagem no Conjunto Nacional

Agentes da 5ª Delegacia de Polícia realizaram, na tarde desta quinta-feira (28), uma operação em uma clínica que oferecia serviços de massoterapia, no Conjunto Nacional. O objetivo da ação, segundo a Polícia Civil, foi o de intensificar o combate à exploração sexual e identificar se os proprietários do estabelecimento estariam praticando rufianismo – quando alguém recebe vantagens financeiras em decorrência da prostituição de terceiros.

Sete mulheres que prestavam serviço na Clínica de Massoterapia Toque Suave, que atendia no sexto andar do shopping, foram conduzidas para a delegacia para prestar depoimento. Um cliente que estava no local no momento da abordagem policial também foi encaminhado para a 5ª DP. No estabelecimento, foram apreendidos vários preservativos, caderno de contabilidade, máquina de cartão de crédito, dinheiro e envelopes, onde as mulheres guardavam o dinheiro que seria destinado à casa.

No total, nove funcionárias trabalhavam na casa, mas apenas sete estavam no local durante a operação. Todas seriam moradoras do DF, exceto uma que mora em Luziânia. O delegado responsável pelo caso, Luiz Gustavo Ferreira, descarta a hipótese do crime de tráfico de pessoas, que é comum em casos parecidos. “Elas não relataram o cárcere privado. Algumas trabalhavam em horários fixos, de 9h às 17h30, e outras tinham o horário mais flexível. Todas moravam aqui”, aponta Ferreira. Ainda segundo o relato das mulheres, elas trabalhavam por livre e espontânea vontade.

Após serem ouvidas, todas foram liberados. De acordo com a Polícia Civil, foi comprovado que se tratava de rufianismo, porque as mulheres realizavam o serviço e tinham que pagar R$ 60 por cada cliente. Os serviços variavam de R$ 100 a R$ 200, sendo que o valor mais alto era para duas mulheres fizessem sexo com o cliente ao mesmo tempo. A corporação afirmou que a proprietária já foi identificada e que investiga o seu paradeiro, porém ela ainda não é considerada foragida por não haver mandado de prisão contra a ela.

Em nota, o Conjunto Nacional informou que colabora com a operação, prestando todos os esclarecimentos necessários. “O shopping reforça ainda que a atividade não condiz com os valores praticados pela companhia e reitera que as salas do 3º ao 6º andar não são de propriedade do shopping”, alega. (*Com informações de Raphaella Sconetto)

Prostituição não é crime no Brasil, diferentemente da exploração sexual. Segundo o Código Penal, a pena para quem praticar o crime é de até quatro anos de reclusão e multa.


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