quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Dupla de estelionatarios lucra mais de R$ 4 milhões com golpes

Robson Soares dos Santos, 35 anos e Marcelo Vieira Vidal de Moraes, 38 anos, foram apreendidos por venderem imóveis que já haviam possuidores.

A Polícia Civil do Distrito Federal estima que mais de 20 pessoas tenham sido vítimas de uma dupla de estelionatários que atuava em Planaltina. A operação Gárano foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (27/9), após seis meses de investigação. Robson Soares dos Santos, 35 anos e Marcelo Vieira Vidal de Moraes, 38 anos, foram apreendidos por venderem imóveis que já haviam possuidores. Ou seja, eles se aproveitavam das vítimas que não tinham escritura pública, prometiam um esquema de valorização do imóvel, e revendiam o local para terceiros. 


De acordo com as investigações, Robson era o "cabeça" da organização, já que ele tinha a credencial de corretor de imóveis. Por ele ser renomado na cidade, muitas pessoas o procuravam para compra e venda de terrenos. Em dois anos praticando crimes, a estimativa é de que ele tenha lucrado R$ 4 milhões. Além das duas prisões, outras duas pessoas também foram indiciadas por atuarem como laranjas. 

De acordo com o delegado-adjunto, Diogo Barros Cavalcanti, a dupla funcionava da seguinte forma: Robson enganava as vítimas dizendo que elas deviam assinar uma procuração para tentar valorizar o terreno, como por exemplo, uma autorização para construir muros e etc. A possuidora do imóvel assinava com a promessa de ganhar mais em cima de uma futura venda. Só que depois, o autor do crime passava o terreno para o nome de um laranja e vendia. "Quando a pessoa descobria, Robson dizia que vendeu mas não recebeu dinheiro. E isso até a pessoa perceber que caiu em um golpe" explicou. 

Além disso, a dupla também começou a falsificar documentos, e a fazer um contrato particular dizendo que o lote pertencia ao laranja. E em posse desse documento, ele conseguia enganar as vítimas. Os compradores acreditavam, compravam os imóveis, porém, o verdadeiro dono vinha cobrar o terreno depois. " E era quando eles iam atrás do Robson, e ou ele tentava arranjar prazo ou passando outras procurações falsas. E isso levou o atraso da pessoas registrarem ocorrência", contou o delegado. 

A expectativa da Polícia Civil é que, agora, mais pessoas reconheçam os suspeitos e possam fazer denúncias. A partir de agora, a corporação vai investigar onde eles guardaram o dinheiro arrecadado durante esses anos.

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