sábado, 19 de agosto de 2017

Polícia Civil do DF prende estelionatário que aplicava golpe do falso emprego em todo o país

Aproveitando-se da crise e da necessidade de boa parcela do brasileiros, um homem ludibriou diversas pessoas em vários estados do país aplicando golpes por meio de anúncios de empregos falsos. R.R.D., de 32 anos, era líder de uma quadrilha especializada em aplicar golpes em classificados de jornais de grande circulação e também através de e-mails falsos utilizando nomes de grandes empresas. 

Em 2016, oito pessoas integrantes da quadrilha chegaram a ser presas, mas R.R.D. conseguiu fugir jogando o veículo que dirigia em cima de um policial. Porém, após investigações da Polícia Civil do DF, ele acabou preso nessa quinta-feira (17).

R.R.D. foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, na cidade de Praia Grande, em São Paulo. Com ele, foram apreendidos cartões com nomes de outras pessoas, onde o dinheiro dos golpes era depositado. Ele aplicou golpes em regiões do Ceará, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Bahia e Brasília, onde 35 vítimas registraram ocorrência.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Wislei Gustavo Mendes, cerca de 20 pessoas por dia caíam nos golpes de R.R.D.. Desde o final de 2016, foram registradas novas ocorrências de golpes de empregos falsos, o que colaborou com as investigações.

A prisão do golpista ocorreu em continuidade à Operação Fake Job, deflagrada no ano passado. O estelionatário, que já responde há vários processos em São Paulo, desde 2004, e também no Distrito Federal, em 2015, após as medidas legais, foi recolhido à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.

Como funcionava o golpe
Os anúncios de emprego eram feitos em redes sociais, classificados e sites. Depois que as vítimas encaminhavam o currículo para os emails anunciados, elas recebiam uma resposta de que tinham sido selecionadas e eram informadas de que deveriam possuir o certificado de um curso a ser realizado no site indicado pelos golpistas, no valor de R$ 150. Efetuado o pagamento, as vítimas não tinham mais contato com o estelionatários.

“No começo, ele dizia que era um curso presencial, depois mudou para online e depois passou a pedir o nada consta”, conta o delegado. Assim, ele passou a pedir que as vítimas enviassem mais R$ 30 para obterem o nada consta. Quando o dinheiro era enviado, a mesma coisa acontecia e a vítima já não recebia mais mensagens sobre a vaga do emprego. Estima-se que R.R.D. faturava, em média, R$ 30 mil por semana com os golpes do falso emprego.

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