Trânsito da capital mata menos, diz pesquisa.
O Distrito Federal está entre as dez unidades da federação menos violentas no trânsito, conforme a pesquisa “Retrato da Segurança Viária”, encomendada pela Ambev em parceria com Falconi. O levantamento se refere a 2014 e cruza dados de órgãos estaduais e nacionais. Apesar do bom desempenho, o Detran-DF afirma que os dados são ainda melhores e ressalta que, no ano seguinte, os índices da capital progrediram.
A principal divergência se refere à quantidade absoluta de óbitos decorrentes de acidentes em 2014. Segundo o estudo, houve 554 mortes, o equivalente a 19,4 a cada 100 mil habitantes. Para o Detran, no entanto, foram 406 vítimas. “Eles pegam pessoas que sofrem acidente fora do DF, mas são atendidas aqui, e colocam como parte da estatística da cidade”, critica o diretor-geral do órgão, Silvain Fonseca.
A assessoria da Ambev admite que a pesquisa utiliza essa metodologia para compilar os números, mas sustenta que a diferença também pode ocorrer devido à fonte dos dados. O “Retrato” se vale de informações cedidas pela Agência Nacional de Transporte Terrestre e pelo Departamento Nacional de Trânsito, dentre outros.
Polêmicas à parte, Fonseca revela que, de janeiro a outubro de 2016, foram registrados 26 óbitos a mais em relação ao mesmo período de 2015, totalizando 305. Em 2015 inteiro, foram 331 mortes, o menor número absoluto desde a virada do século. “No último ano tivemos 6,2 mil eventos culturais, religiosos, esportivos e de outros tipos, que tiveram interferência direta no trânsito. Esse ano vamos chegar a mais de nove mil eventos!”, justifica o diretor-geral.
Ele ainda ressalta a dificuldade dos agentes para agir em diversos pontos de Brasília. “(Os eventos) demandam bastante efetivo. E temos que nos preocupar para que não virem acidentes. Então, tem de dividir o pessoal, e isso complica a ação”, defende Fonseca.
Ele destaca o desempenho da fiscalização em 2016. Este ano o órgão bateu recorde de autuações contra motoristas embriagados, com cerca de 15 mil notificações emitidas. Ainda houve a segunda maior quantidade de prisões efetuadas com base na Lei Seca, 2 mil.
Fonte: www.jornaldebrasilia.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário